segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Em busca de um leitor muito chato


Três premissas, para começar:
  1. Mães são gente boa
  2. Mães amam seus filhos
  3. Mães sentem orgulho do que os filhos produzem
E agora, nosso assunto de hoje: seu texto está, enfim, pronto e como uma pessoa criteriosa que é, decide mostrar, pela primeira vez, a sua obra para alguém em quem confia e que lhe dará uma opinião sincera. Escolhe sua mãe.

Você acha mesmo que ela vai dizer que está ruim e que precisa ser refeito?
Na categoria “mães” incluo pessoas que podem ter o mesmo comportamento de aprovação imediata:
  • seu pai – que também se orgulhará de você
  • seu amigo(a) inseparável – que não irá magoá-lo
  • seu subordinado — ele tem amor ao emprego...
  • o(a) namorado(a) que é apaixonado(a) por você — a relação está começando... Se falar a verdade, sabe-se lá aonde vai dar...
  • alguém que o teme — e morre de medo de levar uma surra!
Pessoas confiáveis para criticar seu texto, incluem:
  • Crianças até 8 anos: que, se entenderem seu texto, irão dizer que está lindo
  • Adolescentes entre 13 e 15 anos anos (desde que não seja seu filho): que não terão medo de dizer o que pensam
  • Irmãos: esses, vão fazer críticas com uma facilidade imensa!
  • Professores: bem, nem é preciso comentar que professores acham os mais diversos erros, sempre
  • O primo chato: principalmente, se vocês tiverem quase a mesma idade e ele, um recalque porque não gosta de escrever
  • Qualquer chato: pulo essa, sem explicar
  • Leitores críticos: são pagos para falar a verdade.
  • Um editor: pagará para publicar, então, será sincero
  • Críticos: vivem disso e sabem achar defeitos como ninguém
Perceba que a fase de ter coragem para escrever já passou e nenhum endosso é necessário;agora é hora de achar os erros que você não viu enquanto escrevia. Para isso, é melhor escolher pessoas que não terão pudores e dirão que está ruim, ou que não entenderam, ou que você deveria se dedicar a vencer uma prova de triatlon...
crítica negativa é ruim para o escritor, emocionalmente falando; porém, fantástica como ferramenta de trabalho.
Porque, meu caro amigo, depois de pronta, sua obra não será refeita e a hora de consertar qualquer aspecto é antes de publicá-la.
E viva a gente "chata"!
No final, nossos melhores e mais verdadeiros conselheiros são aqueles que nos favorecem, criticando negativamente o texto que acabamos de escrever.

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